PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
· Processo de transformação da organização social e econômica ocorrida na INGLATERRA, século XVIII.
· Gerou transformações nas formas de produzir, comercializar, viver e nas relações trabalhistas.
· Pioneirismo inglês: a Inglaterra já estava mais equilibrada que diversas nações da Europa, tendo dessa forma uma série de condições econômicas, políticas e tecnológicas favoráveis.
· Condições:
* Econômicas: acúmulo de capitais $$$ através do comércio;
* Políticas: supremacia do Parlamento e do voto censitário (beneficiando a burguesia e agilizando as decisões políticas favoráveis a ela)
* Sociais: disponibilidade de mão-de-obra em grande quantidade (Lei de cercamento e êxodo rural – migração do campo para cidade)
* Naturais: a Inglaterra tinha várias jazidas de ferro e carvão, necessários para a fabricação das máquinas e como fonte de energia.
· Operários ou proletários: recebiam baixíssima remuneração pela sua produção, trabalhando e vivendo em péssimas condições.
· Burguesia: tinha os meios de produção, donas das fábricas, lucro e exploração da mão-de-obra barata e em grande quantidade da classe operária.
· Consequências da Primeira Revolução Industrial:
1- Poluição e degradação do meio ambiente
2- Crise nas relações de trabalho (burguesia-operário)
3- Crescimento da urbanização e despovoamento das áreas rurais
4- Desenvolvimento e agilidade dos meios de transporte e comunicação visando a facilitação do comércio dos produtos.
5- Decadência do trabalho dos artesãos que não conseguiam competir com as mercadorias mais baratas produzidas num menor espaço de tempo pelas fábricas.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
· Inovações tecnológicas e processo de expansão da industrialização: da Inglaterra para uma grande parte da Europa.
· O aumento dos investimentos na ciência visando beneficiar a industrialização e a produtividade
· Busca por novos mercados consumidores e fontes de matéria-prima (neocolonialismo)
· O crescimento tecnológico e econômico não foi acompanhando por melhorias para todas as classes sociais
· O número muito maior de trabalhadores do que de ofertas de emprego agravou a desvalorização da mão-de-obra operária (baixos salários e condições péssimas)
· Crescimento das cidades de forma desordenada (dificultando a infraestrutura, o saneamento, etc)
· O que a cidade simbolizava:
- Para burguesia: progresso fruto dos bons investimentos e trabalho dessa classe. Prosperidade econômica
- Para operários: Extrema opressão, abusos e pobreza. Desigualdade social.
MOVIMENTO OPERÁRIO E ASCENSÃO DO SOCIALISMO
A classe operária que, organizando-se gradualmente (aos poucos), passou a questionar seus direitos enquanto geradora de lucros e desenvolvimento (dos quais não usufruía).
· Movimento Ludista: conhecidos como destruidores de máquinas.
- Promovia atentados e depredações simbolizando seu descontentamento.
- Não teve longa duração (pena de morte)
- Não tinha reivindicações organizadas e se baseava no uso da violência como manifestação.
· Movimento Cartista: melhor organizado, era pacífico
- Desenvolvia propostas de melhorias sócio-políticas enviando Cartas ao governo.
- Não conseguiu conquistas políticas, mas obteve a regulamentação das horas de trabalho e da mão-de-obra infantil e feminina (mais utilizadas e exploradas até então)
SOCIALISMO: acusava o modelo capitalista - explorava MUITOS (classe trabalhadora) em benefício de POUCOS (elite). Apesar da diferença entre as propostas socialistas, todos defendiam:
- Uma sociedade mais justa
- Riqueza fosse dividida de forma igualitária
- Maioria deveria ser beneficiada
UTÓPICO
· Utopia: sonho, fantasia
· Não tinham propostas concretas e praticáveis a longo prazo no tocante ao fim da exploração.
· Robert Owen: industrial que tentou implantar um modelo utópico, mas a concorrência de fábricas que não seguiam o mesmo modelo não permitiu sua eficiência.
- Aumentou os salários e investiu na melhoria das condições de vida e trabalho dos operários
- Moradia, alimentação, educação para criança e adultos
- Melhor tratamento + Qualidade de Vida + Ambiente satisfatório no Trabalho = Maior produtividade e Lucro
SOCIALISMO CIENTÍFICO (Marxismo)
· Analisava as relações sociais e de trabalho em toda a História
· Principal teórico: Karl Marx
· Luta de classes: existiu durante toda a História da humanidade – uma minoria tinha os meios de produção (exemplo: burguesia) e explorava a grande maioria (exemplo: operários) que só tem sua força de trabalho.
· Mais Valia: Diferença entre o que o operário PRODUZ e o que ele RECEBE.
· Propunha que as mudanças sócias e políticas dependiam apenas da classe trabalhadora : “Operários do mundo, uni-vos”
- Operários deveriam se unir, se instruir, tomar o poder por meio de uma revolução e acabar com a propriedade privada.
- Após a revolução: O Estado (governo) formado por líderes populares deveria ser o dono de todas as propriedades e dividir funções e lucro entre os cidadãos (acabando a desigualdade e os abusos entre as classes)
· Fim da propriedade privada e substituição pela propriedade estatal (do Estado, do governo)
ANARQUISMO
· Anarquia se tornou, erroneamente, sinônimo de bagunça mas os anarquistas se baseavam na organização natural da sociedade e no respeito mútuo entre os indivíduos.
· Inexistência de autoridade, lei ou hierarquia = fim da desigualdade entre as pessoas
· Fim da exploração e da propriedade privada
· Temia a idéia dos marxistas, pois, após tomar o poder, os líderes operários poderiam se transformar em novos exploradores (substituindo a burguesia apenas)
NEOCOLONIALISMO
Também ficou conhecido como IMPERIALISMO, pois os europeus conquistaram novos territórios, aumentando seus domínios, construindo impérios.
· Foi uma conseqüência DIRETA da II Revolução industrial: com o crescimento da produção e da economia europeia foi necessário:
- Procurar novas regiões que fornecessem matéria-prima e fontes de energia (petróleo, carvão, ferro)
- Mercado-consumidor
· Neo = Novo
· Neocolonialismo = nova colonização
· Antigo colonialismo se deu na América
· Justificativa para o domínio de novas áreas pelos europeus: eles se diziam representantes de uma sociedade superior, de uma civilização mais desenvolvida, que visava desenvolver regiões atrasadas e selvagens para acelerar seu progresso
- ÁFRICA e Ásia
· Darwinismo Social: fruto da Sociologia do século XIX, que se baseava nos estudos científicos da Biologia e na Teoria da Evolução das Espécies Charles Darwin (por isso o nome).
- Só os mais fortes sobrevivem na natureza
- Os mais fracos devem se adaptar
- Há uma hierarquia natural entre seres mais e menos desenvolvidos.
- Dessa forma dizia para as raças e sociedades consideradas inferiores aceitarem, se adaptarem ao modelo da raça supostamente mais desenvolvida (a branca europeia industrializada)
- Todo ser que não se adapta, morre: uso da violência
ÁFRICA
Continente diverso, com culturas, características geográficas, riquezas e problemas diferentes em cada região.
· Riquezas naturais que mais interessavam os europeus: Marfim, diamantes, ouro, cobre e diversos minérios
OBSERVAÇÃO: A imagem de continente MISERÁVEL, devastado pela FOME, EPIDEMIA DE AIDS e GUERRAS CIVIS é fruto da exploração dos europeus no continente desde o século XIX e conseqüência da ambição e descuido dos brancos “civilizadores” com o continente africano e com seus habitantes.
Conferência de Berlim: representou o ponto máximo das disputas por riquezas de outros continentes pelos europeus e o desrespeito pelos demais povos.
· Objetivo: Dividir e distribuir territórios e riquezas do continente africano entre as nações européias evitando conflitos armados entre as mesmas.
· Não contou com a participação de nenhum representante do continente africano.
· A divisão não respeitou limites geográficos nem sócio-culturais da África.
· A partilha da África não agradou a parte dos europeus: Inglaterra e França ficaram com os maiores e melhores territórios.
· Consequências:
-Para os europeus: conflitos diplomáticos e armados devido à partilha desigual. Essas disputas e insatisfações se desenrolam até a eclosão da I Guerra Mundial.
- Para os africanos: inferiorização e enfraquecimento das suas características socioculturais, conflitos entre tribos e grupos rivais artificialmente postos pelos europeus no mesmo território, subdesenvolvimento e pobreza.
- Europeus e africanos: entraram em conflito em diversas regiões pois a idéia de que todos os africanos aceitaram pacificamente os abusos dos brancos europeus não é correta.